Você já se pegou perguntando: se Deus criou tudo, quem criou Deus? Essa questão, tão comum quanto profunda, desafia nossa mente e nos convida a contemplar a majestade do Criador. Neste estudo, vamos explorar a resposta bíblica sob a perspectiva reformada, mostrando como a eternidade de Deus não apenas resolve esse enigma, mas também transforma nossa fé e adoração. Prepare-se para uma reflexão que aponta para o Deus eterno!
A Pergunta que Ecoa na Humanidade
A pergunta “Quem criou Deus?” surge naturalmente, especialmente em um mundo que associa tudo a uma causa. Se o universo tem uma origem, não deveria Deus também ter uma? Essa dúvida, levantada por crianças curiosas e filósofos céticos, reflete nossa tendência de projetar limitações humanas sobre o divino. Mas a Bíblia nos conduz a uma verdade gloriosa: Deus é eterno, sem começo nem fim.
João Calvino, em Institutas da Religião Cristã, afirma que Deus é o causa sui (causa de Si mesmo), existindo por Sua própria natureza. “Eu sou o que sou” (Êxodo 3:14), declara Deus a Moisés, revelando Sua autoexistência. Stephen Charnock, em A Existência e os Atributos de Deus, explica que questionar a origem de Deus é como perguntar por que o fogo é quente — é da essência de Deus ser eterno.
Deus: O Criador Incriado
A Bíblia ensina que Deus é o Criador de tudo, mas Ele próprio não foi criado. “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gênesis 1:1). Antes do tempo, espaço e matéria, Deus existia, soberano e independente. “Antes que os montes nascessem, ou que tivesses formado a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Salmos 90:2). Essa eternidade significa que Deus não tem origem; Ele simplesmente é.
Na perspectiva reformada, Zacharias Ursinus, coautor do Catecismo de Heidelberg, destaca que a autoexistência de Deus é a base de Sua soberania. Tudo depende Dele, mas Ele não depende de nada. No Brasil, Franklin Ferreira, em Teologia Sistemática, reforça que a eternidade de Deus nos liberta de visões antropomórficas, que tentam limitá-Lo às nossas categorias.
Por que a Pergunta Não Faz Sentido?
Perguntar “Quem criou Deus?” pressupõe que Deus está sujeito às leis de causa e efeito, mas a Bíblia nos mostra que Ele transcende essas categorias. Como explica J. I. Packer, em O Conhecimento de Deus, Deus é a causa primeira, não causado por nada. “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (João 1:3). Se algo criasse Deus, esse “algo” seria Deus, levando a uma regressão infinita sem sentido.
Considere um exemplo prático: imagine um pintor criando uma tela. A pintura tem um começo, mas o pintor existe independentemente dela. Deus é o “Pintor” do universo, existindo eternamente fora de Sua criação. Charles Spurgeon, em seus sermões, comparava Deus a um oceano sem margens, cuja eternidade desafia nossa compreensão, mas inspira reverência.
Implicações da Eternidade de Deus
Compreender que Deus é incriado tem impactos profundos:
- Confiança Absoluta: Um Deus eterno é confiável em todas as eras. “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre” (Hebreus 13:8).
- Adoração Profunda: Sua eternidade nos leva a louvá-Lo como o único digno. “Digno és, Senhor, de receber glória” (Apocalipse 4:11).
- Perspectiva Eterna: Em um mundo passageiro, Deus nos chama a focar no eterno. “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino” (Mateus 6:33).
Jonathan Edwards, em Liberdade da Vontade, nos exorta a descansar na eternidade de Deus, que garante a segurança de Suas promessas. No contexto brasileiro, Augustus Nicodemus, em O que é a Bíblia?, destaca que a autoexistência de Deus nos protege de filosofias que tentam reduzi-Lo a uma criação humana.
Exemplos Práticos na Vida Cristã
Como a verdade de que Deus é incriado se aplica ao nosso dia a dia?
- Enfrentando Dúvidas: Quando questiono a existência de Deus, lembro que “os céus proclamam a glória de Deus” (Salmos 19:1), apontando para um Criador eterno.
- Superando Medos: Em momentos de incerteza, a eternidade de Deus me dá paz, pois “o Senhor é o meu pastor; de nada terei falta” (Salmos 23:1).
- Vivendo com Propósito: Sabendo que Deus é eterno, invisto em compartilhar o evangelho, que tem valor eterno.
John Piper, em Desiring God, nos chama a encontrar alegria na eternidade de Deus, que nos liberta para viver para Sua glória, não para coisas temporais.
A Resposta Reformada: Deus é o Alfa e Ômega
A teologia reformada enfatiza que a eternidade de Deus é o fundamento de toda a doutrina cristã. Heinrich Bullinger, na Segunda Confissão Helvética, declara que Deus é o “Ser Supremo”, existindo por Si mesmo antes de todas as coisas. Essa verdade nos humilha, mostrando que nossa mente limitada não pode conter a grandeza de Deus, mas também nos consola, pois dependemos de um Criador soberano.
No Brasil, Mauro Meister, em seus estudos teológicos, reforça que a autoexistência de Deus é a resposta final às perguntas filosóficas. “Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir” (Apocalipse 1:8). Essa declaração resume a eternidade de Deus, convidando-nos à fé e adoração.
Livros Recomendados para Aprofundar o Tema
Para explorar mais a eternidade e autoexistência de Deus, recomendo os seguintes livros disponíveis no Brasil:

Teologia Sistemática – Wayne Grudem
Examina os atributos de Deus, como eternidade e autoexistência, com clareza e base bíblica. Ideal para compreender a doutrina reformada.

A Soberania de Deus – A. W. Pink
Explora como a eternidade de Deus sustenta Sua soberania, com aplicações para a fé. Perfeito para reflexão profunda.

Bíblia de Estudo Reformada – Vários Autores
Com notas de R. C. Sproul, esclarece passagens sobre a eternidade de Deus, ajudando na interpretação bíblica.
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